Perguntas - Esta revisão rápida teve como objetivo responder a duas questões: 1. Em crianças com até quatro meses de idade não amamentadas, quais são as alternativas para alimentação saudável e segura, em comparação com fórmulas infantis e leite materno quanto à qualidade nutricional e efeitos no ganho de peso, crescimento e desenvolvimento? 2. Como garantir uma alimentação saudável e segura para crianças abaixo de dois anos em situações de emergência? Métodos - As buscas foram realizadas em setembro de 2024 nas bases de dados Pubmed, Embase, Lilacs e Google Acadêmico. O processo de seleção de estudos recuperados foi realizado em duplicidade e de modo independente. Resultados - Para a pergunta 1 não foram identificadas evidências de pesquisa. As buscas recuperaram 987 revisões sistemáticas, porém nenhuma delas atendeu aos critérios de inclusão. Para a pergunta 2, de 102 registros recuperados nas buscas, 27 estudos (primários e secundários) foram incluídos. Os estudos foram realizados em países que passaram por situações de emergência devido a conflitos armados e desastres naturais. Observa-se que, embora existam recomendações de ordem global sobre a alimentação de lactentes e crianças pequenas nessas situações, poucos países contam com uma política para enfrentamento do problema. Os desafios para garantir alimentação saudável para essas crianças nas situações de emergência são enormes, por isso há necessidade de uma preparação prévia de toda a comunidade. Uma coordenação central do processo de ajuda humanitária é fundamental para definir prioridades e organizar a aquisição e distribuição de alimentos. As mudanças climáticas impõem a urgência de que todos os países desenvolvam políticas específicas para lidar com as situações de emergência, de modo a estarem preparados previamente à ocorrência dos desastres. Fortalecer a política nacional de aleitamento materno é fundamental para garantir que nestas situações os lactentes e as crianças pequenas fiquem menos vulneráveis.