Absenteísmo e rotatividade entre profissionais de saúde
Absenteeism and turnover among healthcare professionals
Publication year: 2020
Quais são as causas e como abordar de forma efetiva o absenteísmo e a rotatividade (turnover) entre profissionais de saúde? Por que essa pergunta é relevante? → O ambiente de trabalho com aspectos psicossociais negativos é indicado como fator de risco para o desenvolvimento de problemas de saúde moderados a graves, aumentando o absenteísmo ou intenção de deixar o emprego. São relevantes as dimensões individual e interpessoal, o emprego propriamente dito, e também aspectos da instituição e do contexto mais ampliado, que pode envolver as estratégias nacionais de formação de recursos humanos e a legislação vigente. → Níveis altos de absenteísmo são comuns entre profissionais de saúde que realizam excesso de trabalho, seja em carga horária ou quantidade de tarefas. Esses profissionais podem apresentar sintomas de exaustão e outras doenças físicas e transtornos mentais que lhes afastam das atividades laborais, comprometendo a qualidade de vida do trabalhador e a organização dos serviços de saúde. → Já a rotatividade de profissionais de saúde (turnover) pode prejudicar a continuidade e a qualidade da assistência, sendo relacionada com o estresse/Burnout, a insatisfação profissional, a falta de apoio gerencial e de supervisão, o mau clima organizacional e a colocação de profissionais em áreas que não lhes interessam. → No contexto da COVID-19, além das questões organizacionais previamente apresentadas, pode haver aumento descontrolado da carga de trabalho, afastamento dos profissionais por adoecimento e ainda absenteísmo relacionado à necessidade de cuidar dos filhos pequenos (devido ao fechamento das escolas), acrescentando um novo grau de demandas a ser observado pelas instituições de saúde. Quais informações encontramos? → Foram encontradas 63 revisões sistemáticas descrevendo fatores relacionados e abordagens possíveis para o absenteísmo e a rotatividade entre profissionais. A maior parte das revisões sistemáticas está focada no público de profissionais de saúde. → Para lidar com o absenteísmo, programas de promoção da saúde no local de trabalho, que oferecem apoio nutricional e fomentam a prática de exercícios físicos, ao mesmo tempo em que abordam elementos do contexto organizacional, parecem ser especialmente efetivos. Também há intervenções específicas para profissionais cujo absenteísmo está ligado a determinados tipos de doença. → Já para a rotatividade, as abordagens que parecem diminuir a intenção do profissional de deixar seu emprego são: i) programas de mentoria de profissionais de saúde, ii) mecanismos de governança ou lideranças que apoiam o empoderamento dos profissionais e das equipes e iii) fomento à pesquisa no local de trabalho.
¿Cuáles son las causas y cómo abordar eficazmente el absentismo y la rotación entre los profesionales de la salud? ¿Por qué es pertinente esta pregunta? → Un entorno laboral con aspectos psicosociales negativos se señala como factor de riesgo para el desarrollo de problemas de salud de moderados a graves, el aumento del absentismo o la intención de abandonar el trabajo. Son relevantes las dimensiones individual e interpersonal, el propio puesto de trabajo y también aspectos de la institución y del contexto más amplio, que pueden incluir las estrategias nacionales de formación de recursos humanos y la legislación vigente. → Los altos niveles de absentismo son habituales entre los profesionales sanitarios que realizan una carga de trabajo o una cantidad de tareas excesivas. Estos profesionales pueden presentar síntomas de agotamiento y otras enfermedades físicas y trastornos mentales que les apartan de sus actividades laborales, comprometiendo la calidad de vida del trabajador y la organización de los servicios sanitarios. → Por otro lado, la rotación de los profesionales sanitarios puede perjudicar la continuidad y calidad asistencial, estando relacionada con el estrés/Burnout, la insatisfacción profesional, la falta de apoyo directivo y supervisión, el mal clima organizacional y la ubicación de los profesionales en áreas que no les interesan. → En el contexto del COVID-19, además de las cuestiones organizativas anteriormente presentadas, puede producirse un aumento incontrolado de la carga de trabajo, ausencia de profesionales por enfermedad y también absentismo relacionado con la necesidad de atender a niños pequeños (por cierre de colegios), añadiendo un nuevo grado de exigencia a observar por las instituciones sanitarias. ¿Qué información encontramos? → Se encontraron 63 revisiones sistemáticas que describían factores relacionados y posibles enfoques para el absentismo y la rotación entre profesionales. La mayoría de las revisiones sistemáticas se centran en el público de los profesionales sanitarios. → Para abordar el absentismo, los programas de promoción de la salud en el lugar de trabajo que ofrecen apoyo nutricional y fomentan el ejercicio físico, al tiempo que abordan elementos del contexto organizativo, parecen ser especialmente eficaces. También existen intervenciones específicas para los profesionales cuyo absentismo está vinculado a determinados tipos de enfermedad. → En cuanto a la rotación, los enfoques que parecen disminuir la intención de los profesionales de abandonar sus puestos de trabajo son: i) los programas de tutoría por parte de los profesionales sanitarios, ii) los mecanismos de gobernanza o liderazgo que apoyan el empoderamiento de los profesionales y los equipos, y iii) la promoción de la investigación en el lugar de trabajo.
What are the causes and how to effectively address absenteeism and turnover among healthcare professionals? Why is this question relevant? → A negative psychosocial work environment is indicated as a risk factor for developing moderate to severe health problems, increasing absenteeism or intention to quit. Individual and interpersonal dimensions, the job itself, and also aspects of the institution and the broader context, which may involve national human resource training strategies and current legislation, are relevant. → High levels of absenteeism are common among health professionals who perform excessive workloads, either in workload or quantity of tasks. These professionals can present symptoms of exhaustion and other physical illnesses and mental disorders that take them away from their work activities, compromising the quality of life of the worker and the organization of health services. → On the other hand, health professional turnover can impair the continuity and quality of care, being related to stress/Burnout, professional dissatisfaction, lack of managerial support and supervision, poor organizational climate, and the placement of professionals in areas that do not interest them. → In the context of COVID-19, in addition to the organizational issues previously presented, there may be an uncontrolled increase in workload, absence of professionals due to illness, and also absenteeism related to the need to care for young children (due to school closures), adding a new degree of demands to be observed by health institutions. What information did we find? → We found 63 systematic reviews describing related factors and possible approaches to absenteeism and turnover among professionals. Most of the systematic reviews are focused on the healthcare professional audience. → To address absenteeism, workplace health promotion programs that offer nutritional support and encourage exercise while addressing elements of the organizational context appear to be especially effective. There are also specific interventions for professionals whose absenteeism is linked to certain types of illness. → For turnover, the approaches that seem to decrease the intention of professionals to leave their jobs are: i) mentoring programs by health professionals, ii) governance or leadership mechanisms that support the empowerment of professionals and teams, and iii) promotion of research in the workplace.