Año de publicación: 2021
Pergunta:
Quais são as estratégias alimentares mais efetivas para o tratamento de pessoas com hipertensão?
Métodos:
As buscas foram realizadas em cinco bases de dados com restrição de ano de publicação (a partir do ano 2010). Foram incluídas revisões sistemáticas em inglês, português e espanhol que avaliaram o efeito de dietas no tratamento da hipertensão na população adulta. Nesta revisão rápida, produzida em dez dias, a seleção, a extração dos artigos e avaliação da qualidade metodológica (por meio do AMSTAR 2) não foram feitas em duplicidade, ou seja, cada trabalho foi avaliado por apenas um(a) dos pesquisadores(as).
Resultados:
Foram incluídas 21 revisões sistemáticas, a maioria com qualidade metodológica criticamente baixa. Foram identificadas estratégias alimentares relacionadas à redução no consumo de sal ou baixo teor de sódio; dieta DASH; dietas com baixo índice glicêmico; dieta ovo-lacto-vegetarianas; dieta mediterrânea; dieta com restrição de calorias; consumo de alimentos específicos, como extrato de tomate, proteína de soja e óleo de gergelim; consumo de bebidas específicas, como leite com lactobacilos e sucos; e as quais envolveram prescrições de dieta em conjunto com aconselhamento nutricional e outras ações educativas. Em relação aos desfechos de interesse, a maioria dos estudos considerou a redução na pressão arterial sistólica e na pressão arterial diastólica. Embora o desfecho de perda de peso seja relevante para os resultados em relação à hipertensão, não foram extraídas informações dos estudos sobre esse tema. Destacam-se as medidas dietéticas de redução de sódio ou substituição do sal, as quais tiveram importantes resultados com relação à redução da pressão sanguínea. Apenas uma revisão sistemática relatou eventos adversos leves ocorridos — gases estomacais e flatulências — elacionados ao consumo de leite fermentado com lactobacilos.
Conclusão e limitações:
Apenas uma revisão sistemática avaliada com qualidade metodológica alta estudou dietas de redução de sódio e encontrou resultados positivos para redução das medidas de pressão arterial. Os demais estudos incluídos nesta revisão, apesar de informarem resultados positivos das dietas de redução de sódio, de substituição do sal, dieta DASH, dietas com baixo índice glicêmico, dieta ovo-lacto-vegetarianas, consumo de alimentos específicos, como extrato de tomate, proteína de soja e óleo de gergelim; consumo de bebidas específicas, como leite com lactobacilos e sucos, nos desfechos relacionados à hipertensão (redução de pressão arterial sistólica e diastólicas), foram avaliados, em sua maioria, com qualidade criticamente baixa ou baixa. Isso significa que o grau de confiança que pode ser atribuído a esses achados é pequeno e, portanto, mais estudos são necessários para afirmar com segurança o efeito das dietas no desfecho hipertensão arterial.
Esta revisão rápida possui limitações que precisam ser consideradas na interpretação dos achados, como as restrições relativas à metodologia de sínteses rápidas, com filtros, processos de seleção e extração e critérios de elegibilidade reduzidos. Em relação às limitações dos estudos primários que compõem as revisões sistemáticas incluídas, os autores relataram a existência de heterogeneidade entre os estudos incluídos em relação à composição da dieta, ao tempo de seguimento e mesmo às medidas de hipertensão. Por fim, os resultados aqui apresentados fornecem elementos importantes a serem considerados na construção de estratégias alimentares para o tratamento da hipertensão. Além das intervenções aqui relatadas, é importante ressaltar a necessidade de adaptação das estratégias nutricionais para as diferentes populações e contextos, bem como o levantamento de possíveis barreiras e facilitadores que podem impactar a adesão a diferentes dietas.
Question:
What are the most effective dietary strategies for treating people with hypertension?
Methods:
Searches were carried out in five databases with publication year restriction (from the year 2010). Systematic reviews in English, Portuguese and Spanish that evaluated the effect of diets in the treatment of hypertension in the adult population were included. In this rapid review, produced in ten days, the selection, extraction of articles and assessment of methodological quality (through AMSTAR 2) were not done in duplicate, that is, each work was evaluated by only one of the researchers (at).
Results:
Twenty-one systematic reviews were included, most of which were of critically low methodological quality. Dietary strategies related to reduced salt intake or low sodium were identified; DASH diet; low glycemic index diets; ovo-lacto-vegetarian diet; Mediterranean diet; calorie-restricted diet; consumption of specific foods, such as tomato paste, soy protein and sesame oil; consumption of specific drinks, such as milk with lactobacilli and juices; and involving dietary prescriptions combined with nutritional guidelines and other educational actions. Regarding the outcomes of interest, most studies considered the reduction in systolic blood pressure and diastolic blood pressure. Although the weight loss outcome is relevant to the results in relation to hypertension, no information was extracted from studies on this topic. Dietary measures to reduce sodium or replace salt stand out, which had important results in reducing blood pressure. Only one systematic review reported mild adverse events – stomach gas and flatulence – related to the consumption of milk fermented with lactobacilli.
Conclusion and limitations:
Only one systematic review evaluated with high methodological quality studied diets with reduced sodium and found positive results for the reduction of blood pressure measurements. The other studies included in this review, despite reporting positive results from sodium reduction diets, salt replacement, DASH diet, low glycemic index diets, ovo-lacto-vegetarian diets, consumption of specific foods, such as tomato paste, protein soybean and sesame oil; consumption of specific beverages, such as milk with lactobacilli and juices, on hypertension-related outcomes (reduction in systolic and diastolic blood pressure), were mostly rated as critically low or of poor quality. This means that the degree of confidence that can be attributed to these findings is small and, therefore, further studies are needed to confirm with certainty the effect of diets on the arterial hypertension outcome.
This rapid review has limitations that need to be considered when interpreting the findings, such as restrictions on the rapid synthesis methodology, with filters, selection and extraction processes, and reduced eligibility criteria. Regarding the limitations of the primary studies that make up the included systematic reviews, the authors reported the existence of heterogeneity among the included studies in relation to diet composition, follow-up time and even hypertension measurements. Finally, the results presented here provide important elements to be considered in the construction of dietary strategies for the treatment of hypertension. In addition to the interventions reported here, it is important to emphasize the need to adapt nutritional strategies to different populations and contexts, as well as the survey of possible barriers and facilitators that may impact adherence to different diets.
Pregunta:
¿Cuáles son las estrategias dietéticas más efectivas para tratar a las personas con hipertensión?
Métodos:
Las búsquedas se realizaron en cinco bases de datos con restricción de año de publicación (a partir del año 2010). Se incluyeron revisiones sistemáticas en inglés, portugués y español que evaluaron el efecto de las dietas en el tratamiento de la hipertensión arterial en la población adulta. En esta revisión rápida, realizada en diez días, la selección, extracción de artículos y evaluación de la calidad metodológica (a través de AMSTAR 2) no se hizo por duplicado, es decir, cada trabajo fue evaluado por uno solo de los investigadores (at).
Resultados:
Se incluyeron veintiuna revisiones sistemáticas, la mayoría de las cuales tenían una calidad metodológica críticamente baja. Se identificaron estrategias dietéticas relacionadas con la ingesta reducida de sal o baja en sodio; Dieta tablero; dietas de bajo índice glucémico; dieta ovo-lacto-vegetariana; Dieta mediterránea; dieta restringida en calorías; consumo de alimentos específicos, como pasta de tomate, proteína de soja y aceite de sésamo; consumo de bebidas específicas, como leche con lactobacilos y jugos; e involucrando prescripciones dietéticas combinadas con guías nutricionales y otras acciones educativas. En cuanto a los resultados de interés, la mayoría de los estudios consideraron la reducción de la presión arterial sistólica y la presión arterial diastólica. Aunque el resultado de la pérdida de peso es relevante para los resultados en relación con la hipertensión, no se extrajo información de los estudios sobre este tema. Destacan las medidas dietéticas para reducir el sodio o sustituir la sal, que tuvieron importantes resultados en la reducción de la presión arterial. Solo una revisión sistemática reportó eventos adversos leves -gases estomacales y flatulencia- relacionados con el consumo de leche fermentada con lactobacilos.
Conclusión y limitaciones:
Solo una revisión sistemática evaluada con alta calidad metodológica estudió dietas bajas en sodio y encontró resultados positivos para la reducción de las medidas de presión arterial. Los otros estudios incluidos en esta revisión, a pesar de informar resultados positivos de dietas de reducción de sodio, reemplazo de sal, dieta DASH, dietas de bajo índice glucémico, dietas ovo-lacto-vegetarianas, consumo de alimentos específicos, como pasta de tomate, proteína de soja y aceite de sésamo ; el consumo de bebidas específicas, como leche con lactobacilos y jugos, sobre los resultados relacionados con la hipertensión (reducción de la presión arterial sistólica y diastólica), se calificaron en su mayoría como críticamente bajos o de mala calidad. Esto significa que el grado de confianza que se puede atribuir a estos hallazgos es pequeño y, por lo tanto, se necesitan más estudios para confirmar con certeza el efecto de las dietas en el resultado de la hipertensión arterial.
Esta revisión rápida tiene limitaciones que deben tenerse en cuenta al interpretar los hallazgos, como restricciones en la metodología de síntesis rápida, con filtros, procesos de selección y extracción y criterios de elegibilidad reducidos. En cuanto a las limitaciones de los estudios primarios que componen las revisiones sistemáticas incluidas, los autores informaron la existencia de heterogeneidad entre los estudios incluidos en relación con la composición de la dieta, el tiempo de seguimiento e incluso las medidas de hipertensión. Finalmente, los resultados aquí presentados aportan elementos importantes a ser considerados en la construcción de estrategias dietéticas para el tratamiento de la hipertensión arterial. Además de las intervenciones reportadas aquí, es importante enfatizar la necesidad de adaptar las estrategias nutricionales a diferentes poblaciones y contextos, así como el levantamiento de posibles barreras y facilitadores que pueden impactar la adherencia a diferentes dietas.