Agrotóxicos, trabalho e saúde: vulnerabilidade e resistência no contexto da modernização agrícola no baixo Jaguaribe/CE

Publication year: 2011

INTRODUÇÃO:

A ideia de produzir este livro surgiu quando estávamos planejando o último ano da pesquisa Estudo epidemiológico da população da região do Baixo Jaguaribe exposta à contaminação ambiental em área de uso de agrotóxicos, em fevereiro de 2010. Começamos com um “congresso interno” à nossa comunidade de pesquisa, em que cada um foi apresentando os resultados ou o momento do estudo em que estava mais diretamente envolvido. Este “todo” que o marco teórico já nos apontava que devíamos buscar aproximar: analisar as partes sem perder de vista a reconstrução de sua inserção na totalidade; estar atentos aos movimentos de síncrese, análise e síntese, de forma a construir, para além da soma ou superposição de vários resultados fragmentados de saberes especializados, uma interpretação deles enquanto totalidade organizada.

OBJETIVO:

No nosso planejamento, consensamos que, para além da produção de dissertações, teses, artigos científicos ou trabalhos em congressos, era fundamental trabalhar numa obra que reunisse e articulasse o conjunto da trajetória e dos resultados da pesquisa, de forma a contribuir para a reconstrução desta totalidade. O livro representa também um tributo a pessoas, entidades e movimentos do Baixo Jaguaribe que, mais que “informantes”, compartilharam conosco as concretas experiências de suas vidas, e nos falaram de verdades que se comprovam na força da sinceridade do olhar de quem afirma porque vive. Eles têm o direito de se apropriar dos resultados desta pesquisa, realizada com recursos públicos e com a participação decisiva deles. Esta definição delineou, então, escolhas sobre a linguagem, o formato, a abordagem e a estrutura do livro. Somos trinta autoras e autores, de quinze formações profissionais diferentes, entre outras diferenças que se refletem na (positiva) diversidade dos olhares sobre o objeto do estudo.

CONCLUSÃO:

Uma das resinas que nos une enquanto comunidade de pesquisa é a crítica ao paradigma da ciência moderna e o profundo desejo de contribuir no avanço da construção de paradigmas emergentes que resituem a produção de conhecimento na promoção da Vida, da Saúde, da Justiça e da Equidade.