O agente comunitário de saúde como agente de mudança sociocultural: relatório final

Publication year: 2006

INTRODUÇÃO:

O sucesso do Programa Agente de Saúde -PAS trouxe atenção nacional e internacional para o estado do Ceará e o Governo Federal decidiu implementá-lo como um programa nacional, que começou em 1991, como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde –PACS. Dados do Ministério de Saúde (MS) mostram que, em março de 2000, 76% dos municípios do Brasil contavam com o PACS, compreendendo 68,4 milhões de pessoas no País. O estado do Ceará tem 9.673 agentes comunitários de saúde –ACS, abrangendo todos os 184 municípios, fornecendo assistência a 5.561.975 habitantes Ministério da Saúde, 2001. Agentes comunitários de Saúde -PACS). Além da ampliação da cobertura, o Agente de Saúde é também um importante agente social, introduzido nos municípios brasileiros a partir dos anos 90. Apesar disso, não há muitos estudos que, dentro de uma perspectiva mais antropológica, busquem apreender como o Agente de Saúde acaba contribuindo, na prática, para importantes mudanças sociais e de comportamento na população assistida.

OBJETIVO:

Portanto, esse projeto tem como objetivo central entender, partindo da perspectiva do agente de saúde e da população assistida, como o exercício da profissão de agente de saúde tem contribuído para mudanças nas práticas de saúde da população nos seus aspectos sociais e culturais.

MATERIAL E MÉTODOS:

Parte dos resultados das ações dos Agentes de Saúde não são facilmente visíveis, mensuráveis, ou encontram-se disponíveis em dados estatísticos, no entanto, no longo prazo, elas efetivamente contribuem para mudanças significativas nas práticas da população local. Essa perspectiva também é importante porque, apesar de auxiliar o sistema de saúde estadual e federal na reorganização do sistema local, o agente de saúde é um recurso humano de origem comunitária.

RESULTADOS:

Assim, entender o que o agente pensa, suas práticas e as expectativas dele e da população são fundamentais para se conseguir um melhor funcionamento do sistema de saúde local e maior efetividade das ações desses profissionais.

CONCLUSÃO:

Além disso, quando se considera que um dos desafios e tendências atuais é a introdução de novos papéis e responsabilidades para os Agentes de Saúde, particularmente com a introdução e ampliação do Programa Saúde da Família –PSF, faz-se importante investigar as formas de atuação do Agente de Saúde, antes e após a entrada do PSF; ou seja, como o agente entende o seu papel dentro dessa nova reorganização das ações de saúde.