INTRODUÇÃO:

A Gestão em Saúde constitui-se na responsabilidade de comando do SUS, mediante execução das atividades de gerência, coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria, que representam condições essenciais para o alcance da resolubilidade, qualidade e humanização das ações e serviços de saúde prestados à população. Compreende-se, portanto, que o encargo de gerenciar a saúde é amplo e, no contexto, o suprimento de informações no âmbito da gestão de recursos humanos é relevante, pois, segundo Lima (2004), a insuficiência de indicadores acerca dos cursos técnicos da subárea de Gestão em Saúde impossibilita uma análise precisa da formação de trabalhadores.

OBJETIVOS:

Considerando que os trabalhadores da área de saúde são imprescindíveis para o fortalecimento e a melhoria do Sistema Único de Saúde – SUS e que a educação profissional deve propiciar a uma formação crítica, transformadora da realidade, a atividade teve por objetivo geral analisar os serviços de saúde a partir da formação de recursos humanos nas regiões contempladas pelos cursos de capacitação de Gestão em Serviços de Saúde, ministrados pela Escola Técnica de Saúde do CEPT/Unimontes, no período de 2003 a 2007.

MATERIAIS E MÉTODOS:

A metodologia utilizada englobou métodos quantitativos e qualitativos por meio de levantamento bibliográfico e documental, entrevistas estruturadas, aplicação de questionários e coleta de dados secundários. O projeto de pesquisa foi aceito no Comitê de Ética em Pesquisa da Unimontes, conforme Parecer nº 1972/10.

RESULTADOS:

Os principais resultados são: quanto ao perfil dos egressos, empregados na área de gestão em saúde evidencia-se que: 69,4% são do sexo feminino; 22,2% têm idade entre 35 e 39 anos; 61,1% possuem curso superior completo; 57,0% estão empregados no setor público; 37,5% estão empregados em setor privado que tem convênio com SUS, 62,5% trabalham em hospitais; 27,8% têm entre 5 e 9 anos de tempo de serviço no setor; 50% tem vínculo jurídico estatutário; (54,2%) tem jornada de trabalho de 40 horas; 90,2% executam somente atividades de gestão, 52,8% dos egressos recebem de 1 a 2 salários mínimos e 23,6% foram promovidos após realização dos cursos. Em se tratando da articulação entre teoria e prática, registra-se que 95,8% dos egressos aplicam total e parcialmente, nos serviços, os conhecimentos adquiridos nos cursos. A melhoria da qualidade dos serviços, realizados pelos egressos, foi percebida e avaliada positivamente pelos gestores e 98,6% dos egressos reconhecem a melhoria da qualidade do trabalho, após realização dos cursos.

CONCLUSÃO:

Como conclusão, ressalta-se que, entre os fatores que fomentam a qualidade na Gestão em Saúde, inclui-se a formação/qualificação profissional.