Rev. bras. promoç. saúde (Online); 31 (3), 2018
Publication year: 2018
OBJETIVO:
Avaliar a qualidade de vida (QV) dos profissionais da área médica de acordo com a especialidade escolhida (clínica ou cirúrgica). MÉTODOS:
Estudo transversal analítico, realizado em 2016, com médicos de clínicas e hospitais de Rio Verde, Goiás, Brasil. Utilizaram-se dois questionários: um sobre aspectos sociodemográficos e outro para avaliação da QV, o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-abreviado). Entregaram-se 287 questionários, sendo 144 respondidos. Dados comparativos dos domínios receberam análise ANOVA, MANOVA, MANCOVA, correlação de Pearson e regressão linear, considerando-se p˂0,05. RESULTADOS:
Encontrou-se média de idade de 37,7±10,09 anos e a maioria do sexo masculino (63,1%; n=91). O domínio físico foi, significantemente, melhor avaliado nos valores médios de QV pelo sexo masculino (p=0,002), assim como o domínio meio ambiente (p=0,031). Quando se comparou valores médios da QV e seus domínios de acordo com a atuação clínica e/ou cirúrgica dos médicos, não houve diferença significativa. Ao se comparar médicos plantonistas e não plantonistas, verificou-se que os domínios relação social (p=0,049), meio ambiente (p=0,001) e QV (p=0,024), independentes da carga horária, apresentaram piora no caso dos médicos plantonistas. Quanto maior o tempo de formado, maior a percepção do domínio meio ambiente (p=0,02). Sem diferença significativa quanto à faixa salarial. CONCLUSÃO:
Não houve diferença na qualidade de vida global entre os médicos clínicos e cirurgiões avaliados, porém, quando comparado entre o sexo, o masculino obteve desempenho mais satisfatório nos domínios físico e meio ambiente. Evidenciou-se que a faixa salarial não influencia na qualidade de vida desses profissionais.
OBJECTIVE:
To evaluate the quality of life (QOL) of medical practitioners according to the chosen specialty (non-surgical or surgery). METHODS:
Cross-sectional analytical study performed in 2016 with physicians working in clinics and hospitals of Rio Verde, Goiás, Brazil. Two questionnaires were used:
one on sociodemographic aspects and the second one, for quality of life evaluation, the World Health Organization Quality of Life-BREF (WHOQOL-BREF). Out of 287 questionnaires that were delivered, 144 were answered. Comparative data regarding the domains received analysis with use of ANOVA, MANOVA, MANCOVA, Pearson's correlation and linear regression, considering p˂0.05. RESULTS:
The findings showed mean age of 37.7±10.09 years and a majority of men (63.1%; n=91). The physical domain was significantly better evaluated in the mean values of QOL by men (p=0.002), as well as the environmental domain (p=0.031). When comparing the mean values of the QOL and their domains according to the clinical and/or surgical practice of the physicians, there was no significant difference. When comparing physicians that work alternative shifts to those working regular day shifts, it was found that the domains of social relationships (p=0.049) and environment (p=0.001), and the global QOL (p=0.024) as well, regardless of the workload, were worsened among the shift workers. The longer the length of time since graduating from college, the greater the perception of the environmental domain (p=0.02). There was no significant difference as for the salary range. CONCLUSION:
There was no difference in the global quality of life between the evaluated non-surgical physicians and surgeons. However, when compared by sex, men achieved a more satisfactory performance in terms of the physical and environmental domains. It was evidenced that the salary range does not influence the quality of life of these professionals.
OBJETIVO:
Evaluar la calidad de vida (CV) de los profesionales del área médico de acuerdo a la especialidad elegida (la clínica o quirúrgica). MÉTODOS:
Estudio transversal analítico realizado en 2016 con médicos de clínicas y hospitales de Rio Verde, Goiás, Brasil. Se utilizaron dos cuestionarios:
uno sobre los aspectos sociodemográficos y otro para la evaluación de la CV, el World Health of Quality of Life-Bref (WHOQOL-abreviado). Se han distribuido 287 cuestionarios y 144 han sido contestados. Los datos comparativos de los dominios recibieron análisis ANOVA, MANOVA, MANCOVA, correlación de Pearson y regresión linear, considerándose p˂0,05. RESULTADOS:
Se encontró una media de edad de 37,7±10,09 años y la mayoría del sexo masculino (63,1%; n=91). El dominio físico ha sido, significantemente, mejor evaluado para los valores medios de la CV por el sexo masculino (p=0,002) así como el dominio medio ambiente (p=0,031). No hubo diferencia significativa al comparar los valores medios de la CV y sus dominios de acuerdo con la actuación clínica y/o quirúrgica de los médicos. Al comparar los médicos que están de guardia y los que no, se verificó que los dominios relación social (p=0,049) y medio ambiente (p=0,001) y CV (p=0,024), independientes de la carga horaria, se han presentado peor para los médicos de guardia. A más tiempo de la graduación mayor es la percepción del dominio medio ambiente (p=0,02) de parte de los profesionales. No hubo diferencia significativa respecto la franja salarial. CONCLUSIÓN:
No hubo diferencia para la calidad de vida global entre los médicos clínicos y cirujanos evaluados, sin embargo, al comparar entre el sexo, el masculino tuvo el desempeño más satisfactorio para los dominios físico y medio ambiente. Se ha evidenciado que la franja salarial no influye en la calidad de vida de eses profesionales.