Em 1994, durante a 1° Cúpula das Américas, realizada em Miami, os Chefes de Estado e de Governo presentes reconheceram a crescente importância das questões referentes à força de trabalho no desenvolvimento do setor saúde. Tal preocupação levou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a desenvolver uma estratégia de apoio ao funcionamento de fóruns nacionais permanentes para a coleta, análise e difusão de informações sobre o tema, que subsidiassem tanto a formulação de políticas por parte das autoridades nacionais quanto a gestão dos serviços. Em 1999, foi lançada oficialmente a iniciativa de implantação, em nível regional, dos Observatórios de Recursos Humanos em Saúde, que contou inicialmente com a adeção de nove países. O passo seguinte foi a constituição dos observatórios e redes nacionais, por meio de reuniões das quais participavam a autoridade sanitária nacional, as principais institucões formadoras e associacões de classe, entre outros. A ideia era reunir informações sobre quatro temas - (1) qualidade e norma de trabalho, (2) formação de recursos humanos, (3) produtividade e categoria de serviçãos e (4) governabilidade e conflitos trabalhistas no setor -, tornando públicos os produtos gerados. Hoje, dez anos depois de terem sido criados, os observatórios estão, em sua maioria, sob responsabilidade de agências ou centros nacionais de pesquisa, cabendo à Opas implementar ações e outras iniciativas que garantam e fortaleçam a dinâmica da rede. (AU)