Ind. Health; 51 (5), 2013
Publication year: 2013
Introduction:
Work injuries are a worldwide public health problem but little is known about their socioeconomic impact. Objective:
prospective longitudinal study carried out on all cases of work-related injuries identified in the hospital emergency. Materials and Methods:
This prospective longitudinal study estimates the direct health care costs and socioeconomic consequences of work injuries for 406 workers identified in the emergency departments of the two largest public hospitals in Salvador, Brazil, from June through September 2005. Results:
After hospital discharge workers were followed up monthly until their return to work. Most insured workers were unaware of their rights or of how to obtain insurance benefits (81.6%). Approximately half the cases suffered loss of earnings, and women were more frequently dismissed than men. The most frequently reported family consequences were:
need for a family member to act as a caregiver and difficulties with daily expenses. Total costs were US$40,077.00 but individual costs varied widely, according to injury severity. Out-of-pocket costs accounted for the highest proportion of total costs (50.5%) and increased with severity (57.6%). Most out-of-pocket costs were related to transport and purchasing medicines and other wound care products. The second largest contribution (40.6%) came from the public National Health System − SUS. Employer participation was negligible. Conclusion:
Health care funding must be discussed to alleviate the economic burden of work injuries on workers.
Introdução:
as lesões no trabalho são um problema mundial de saúde pública, mas pouco se sabe sobre seu impacto socioeconômico. Objetivo:
estudo prospectivo longitudinal realizado em todos os casos de lesões relacionadas ao trabalho identificadas na emergência do hospital. Materiais e Métodos:
Este estudo longitudinal prospectivo estima os custos diretos de cuidados de saúde e as consequências socioeconômicas das lesões trabalhistas para 406 trabalhadores identificados nos departamentos de emergência dos dois maiores hospitais públicos em Salvador, Brasil, de junho a setembro de 2005. Resultados:
Após alta hospitalar os trabalhadores foram acompanhados mensalmente até seu retorno ao trabalho. A maioria dos trabalhadores segurados desconhecia seus direitos ou de como obter benefícios de seguro (81,6%). Aproximadamente metade dos casos sofreu perda de ganhos, e as mulheres foram mais frequentemente demitidas do que os homens. As consequências familiares mais frequentemente relatadas foram:
necessidade de um membro da família atuar como cuidador e dificuldades com as despesas diárias. Os custos totais foram de US $ 40.077,00, mas os custos individuais variaram amplamente, de acordo com a gravidade da lesão. Os custos de desembolso representaram a maior proporção de custos totais (50,5%) e aumentaram com severidade (57,6%). A maioria dos custos de bolso foi relacionada ao transporte e à compra de medicamentos e outros produtos para tratamento de feridas. A segunda maior contribuição (40,6%) veio do Sistema Nacional de Saúde público - SUS. A participação dos empregadores foi insignificante. Conclusão:
o financiamento dos cuidados de saúde deve ser discutido para aliviar o ônus econômico das lesões trabalhistas nos trabalhadores.