Potencialidades da educação permanente para a transformação das práticas de saúde

Comun. ciênc. saúde; 18 (2), 2007
Publication year: 2007

A implantação dos sistemas de saúde na América Latina apresenta carências estruturais, principalmente na formação e desenvolvimento dos profissionais do setor. Neste contexto, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) iniciou um conjunto de pesquisas na década de 70 para compreender a lógica prevalente de formação e desenvolvimento profissional e institucional dos trabalhadores da saúde, além de propor estratégias para aproximar o ensino no campo da saúde à realidade dos serviços. A proposta da educação permanente foi difundida como um dispositivo adequado para a mudança. Estudos sobre desenvolvimento de novas formas de abordar problemas de saúde com vistas à capacitação de pessoal do setor saúde propagaram-se pela América Latina, estimulando discussões e produção de trabalhos no Brasil. Os trabalhos, as discussões e as propostas em fóruns de pactuação na saúde culminaram na criação da política de educação permanente em saúde em 2003. Para compreender a evolução da educação permanente como estratégia de mudança nas práticas de saúde e como política de formação para o Sistema Único de Saúde no Brasil, foi traçada uma trajetória conceitual da educação permanente no período de 1970 a 2005. Um levantamento bibliográfico foi realizado por meio da revisão das bases de dados do SCIELO e PAHO.

A pesquisa preliminar foi baseada nos seguintes unitermos:

educação permanente, políticas de educação em saúde, educação em saúde, nos idiomas português e espanhol. Foi pesquisado um total de 43 documentos. O levantamento bibliográfico teve como objetivo embasar argumentos para propor a educação permanente como estratégia para a transformação das práticas de saúde.Palavras-chave: educação em saúde, políticas de saúde e recursos humanos em saúde.