Cad. saúde pública; 30 (10), 2014
Publication year: 2014
Introdução:
Existem poucas pesquisas e insuficientes informações sobre a violência do trabalho em saúde e sobre os efeitos negativos que o problema traz para o trabalhador do segmento. Objetivos:
Este estudo teve por objetivo estimar a prevalência de violência autorreferida no trabalho em saúde. Material e métodos:
Estudo transversal realizado com uma amostra de 679 servidores estaduais (Bahia, Brasil), por meio de entrevistas face a face e uso de questionário. Resultados:
Dos entrevistados, 25,9% (IC95%: 22,6%-29,2%) referiram pelo menos uma das modalidades de violência investigadas, sendo a agressão verbal (19,4%) a mais frequente. As mulheres na faixa etária de 25 a 39 anos apresentaram um acréscimo de 80% na ocorrência de violência em relação às mais velhas (OR = 1,8; IC95%: 1,1-3,0), enquanto que as médicas também foram as mais atingidas (OR = 2,5; IC95%: 1,2-12,5). Entre os homens, ter de 25 a 39 anos (OR = 3,9; IC95%: 1,9-16,4) e trabalhar como auxiliar ou técnico em enfermagem (RP = 3,9; IC95%: 1,1-13,2) aumentou quase quatro vezes a ocorrência de violência no trabalho em saúde. Conclusão:
Este estudo pode trazer contribuições importantes para a visibilidade da violência no setor saúde e fornecer subsídios para a formulação de políticas de atenção aos trabalhadores com repercussão na qualidade do atendimento prestado à população.
Introduction:
There is little research and insufficient information about the violence of health work and about the negative effects that the problem brings to the worker in the segment. Objectives:
This study aimed to estimate the prevalence of self-reported violence suffered by healthcare workers. Material and methods:
using a cross-sectional design with a sample of 679 State health employees through face-to-face interviews and a questionnaire. Results:
Of the respondents, 25.9% (95%CI: 22.6%-29.2%) reported having suffered at least one form of violence, with verbal aggression as the most frequent (19.4%). Women aged 25-39 suffered 80% more violence than older women (OR = 1.8; 95%CI: 1.1-3.0). Female physicians were the most frequently affected group (OR = 2.5; 95%CI: 1.2-12.5). Among men, a nearly fourfold increase in healthcare workplace violence was associated with age 25 to 39 years (OR = 3.9; 95%CI: 1.9-16.4) and nurse assistants or nurse technicians (PR = 3.9; 95%CI: 1.1-13.2). Conclusion:
This study can help raise awareness concerning healthcare workplace violence and support policies for health workers; care, with repercussions on quality of care for health services users.
Introducción:
Existen pocas investigaciones e insuficientes informaciones sobre la violencia del trabajo en salud y sobre los efectos negativos que el problema trae para el trabajador del segmento. Objetivos:
Este estudio tuvo como objetivo estimar la prevalencia de la violencia entre los trabajadores de la salud. Materiales y métodos:
Es un estudio transversal con una muestra de 679 trabajadores del estado de Bahía, Brasil, donde se usó un cuestionario mediante entrevistas. Resultados:
De los encuestados, el 25,9% (IC95%: 22,6%-29,2%) informó al menos de una de las formas de violencia investigada, donde la agresión verbal (19,4%) era la más frecuente. A las mujeres de 25 a 39 años les afectó un aumento del 80% en la incidencia de la violencia (OR = 1,8; IC95%: 1,1-3,0), mientras que los médicos también fueron los más afectados (OR = 2,5; IC95%: 1.2-12.5). Entre los hombres, que tienen entre 25 y 39 años (OR = 3,9; IC95%: 1,9-16,4) y trabajan como asistentes de enfermería o técnicos (RP = 3,9; IC95%: 1,1-13,2) aumentó casi 4 veces la incidencia de violencia en el trabajo en salud. Conclusión:
Este estudio puede contribuir de manera significativa a la visibilidad de la violencia en el sector de la salud y servir de apoyo para la formulación de la política de atención a los trabajadores que repercute en la calidad de la atención prestada.