Publication year: 2007
INTRODUÇÃO:
Este estudo investiga as práticas dos psicólogos do trabalho voltadas para a promoção da saúde dos trabalhadores. OBJETIVO:
objetivo de identificar as atividades desenvolvidas por eles na amenização do sofrimento dos trabalhadores e para a promoção da saúde no trabalho. Além disso, analisa como os psicólogos se posicionam frente às práticas que desenvolvem e como estas vêm atualmente contribuindo para a promoção do bem-estar dos trabalhadores. MATERIAL E MÉTODO:
A investigação, de natureza quanti-qualitativa, foi realizada com psicólogos que atuam em organizações no Ceará. Os dados foram coletados pela aplicação de questionário, enviado pela internet para os psicólogos inscritos no Conselho Regional de Psicologia do Ceará (CRP11), e por meio de entrevistas semi-estruturadas com cinco profissionais da área. No estudo quantitativo, verificou-se que 56,7% dos pesquisados relatam realizar atividades voltadas para a promoção da saúde e prevenção do adoecimento no trabalho. RESULTADOS:
Em relação à qualificação dos psicólogos investigados, dos 56,7% que atuam em saúde do trabalhador, 60% afirmaram possuir capacitação nesta área. As entrevistas revelaram que o psicólogo não tem a saúde do trabalhador como prioridade na sua atuação profissional. Embora conheçam as principais teorias, o tema saúde do trabalhador parece obscuro para estes profissionais que não foram capacitados para realizar uma leitura crÃtica sobre tal questão. Desta forma, as ações desenvolvidas na área enfocada se mostraram insuficientes. Este quadro se deve, provavelmente, a falhas na formação, à acomodação dos profissionais, a uma visão excessivamente empresarial e à falta de articulação da categoria para viabilizar troca de informações e conhecimentos. A preocupação com a saúde fÃsica mostrou-se prioritária para os psicólogos em detrimento da saúde mental. CONCLUSÃO:
Os Psicólogos do trabalho utilizam de maneira acrÃtica modelos e estratégias de ação em saúde na forma de programas pontuais, sem terem consciência do impacto e das repercussões que estes exercem sobre os sujeitos.
INTRODUCTION:
This study investigates the work psychologists' actions and programs related to the promotion of health at work. OBJECTIVE:
The research aims to identify activities and strategies developed by psychologists in preventing workers' suffering and promotion of health at work. MATERIAL AND METHODS:
It analyses the psychologists' viewpoint in relation to their practices and how these practices contribute for promoting workers' well being. In the investigation, a quantiqualitative approach was used. The participants were a group of Ceará's organizational psychologists. Data were collected by the application of a questionnaire, sent by the internet to psychologists enrolled in Regional Council of Psychology of Ceará (CRP11), and by semi-structured interviews with five professionals. The results of the quantitative study showed that 56,7% of the participants develop activities related to promotion of health and prevention of illness at work. RESULTS:
However, only 60% of those have done some kind of training in the area. The interviews revealed that organizational psychologists do not have worker's health as priority in their professional routine. Although they know the main theories, the theme "workers health" seems obscure and they do not have qualification for a critical approach. The actions developed in the area are poor. This picture is due, probably, to lack of professional qualification, accommodation of the professional, to an excessive organization perspective and to a lack of articulation of the category to allow the exchange of information and knowledge. The concern with the physical health was shown as a priority for the psychologists instead of issues related to mental health. CONCLUSION:
The work psychologists use models and strategies in a non critical way trough narrow programs and actions without awareness of the impact and the repercussions that they exercise on the subjects.