Publication year: 2014
INTRODUÇÃO:
O rápido processo de profissionalização da fisioterapia e o exponencial aumento da oferta de cursos e vagas para sua formação teve consequências polares para a profissão. OBJETIVO:
Este estudo pretendeu quantificar as variações no contingente e de instituições formadoras de fisioterapeutas no Brasil no período entre 1997 e 2012 distribuídos nas cinco regiões, as variações de gênero na formação de fisioterapeutas e ainda analisar algumas repercussões dos dados quantificados para a profissão e analisar os discursos sobre percepções dos fisioterapeutas acerca da profissão. MATERIAL E MÉTODO:
O estudo de caráter descritivo foi baseado na literatura nacional e internacional com pesquisa quantitativa de dados disponíveis no Sistema de Indicadores de Graduações em Saúde – SIGRAS do Observatório de Recursos Humanos – ObservaRH do IMS- UERJ e em sites oficiais dos Ministérios da Educação e da Cultura e do Ministério do Trabalho e do Emprego do Brasil.Realizou-se pesquisa quantitativa em 2007 e replicada em 2012 com fisioterapeutas divididos em dois grupos de acordo com o tempo de experiência profissional e que apresentaram diferentes percepções acerca da profissão. CONCLUSÃO:
A expansão do ensino superior no Brasil a partir de 1997 com o advento dos centros universitários e sua liberalidade teve repercussões para as profissões. A forte privatização do ensino superior no Brasil, como é o caso da fisioterapia, assim como a sua concentração nas capitais e regiões mais desenvolvidas pode apresentar seus reflexos no aumento do contingente de concluintes de graduação e na percepção de um mercado de trabalho saturado e da precarização da profissão, ao mesmo tempo, é possível observar o acrescimento significativo da produção científica na área e no número de especializações e respectivas associações representativas. O estudo permite perceber ações de valorização profissional decorrentes do aumento da concorrência e contrariamente perceber sinais da desprofissionalização da categoria como o desinteresse pela formação e o aumento do trabalho autônomo em regiões de mercado profissional saturado. Ao que parece a distribuição equilibrada de profissionais nas diferentes regiões do país, a criação de postos de trabalho, bem como a capacitação adequada dos recursos humanos mostram ser alguns dos desafios para as políticas públicas de saúde.