Experimento sobre necessidades de médicos especialistas no Estado de São Paulo

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Introdução:

A questão dos recursos humanos é fundamental quando se pensa em melhorar as condições de saúde da população e para que se possa atingir os objetivos de desenvolvimento do milênio; a prevenção e o tratamento de doenças exige prestação de serviços de saúde, controle e avaliação do pessoal. Objetivo Geral Conhecer quais são as carências de médicos especialistas no Sistema Único de Saúde.

Objetivos:

Objetivos Específicos: Verificar a existência de metodologias para dimensionamento do número de profissionais necessários para suprir a demanda em Recursos Humanos no SUS, sobretudo de médicos. Apontar iniciativas mundiais abordando a questão de dimensionamento e necessidade de Recursos Humanos em Saúde. Conhecer a percepção dos gestores quanto à carência de especialistas médicos para o Sistema Único de Saúde. Detectar as necessidades do mercado de trabalho (postos de trabalho do SUS).

Material e métodos:

Revisão bibliográfica utilizando os descritores: utilizando-se descritores tais como “recursos humanos em saúde”, “planejamento de recursos humanos” e “necessidade de médicos”. Após visitas a Centrais de Regulação médica do estado e do município de São Paulo realizou-se entrevistas a gestores de diferentes posições no Sistema de Saúde- DRS, SMS/Hospital Estadual, em três municípios distintos, totalizando nove entrevistas.

Conclusão:

Apesar dos 20 anos de existência do Sistema Único de Saúde, este não conseguiu interferir na formação médica, que continua mais voltada para a formação de especialistas, assim como fora anteriormente à sua implantação. Da mesma forma, a Residência Médica vem acentuando a formação de especialistas, em detrimento das áreas básicas, em franco confronto com as proposições do SUS. Por toda esta situação, os gestores em todos os níveis, convivem com o desafio de lidar com o paradoxo entre organizar o atendimento segundo o nível de complexidade crescente, mas não ter profissionais adequados para atuar nesta lógica. Fica patente a necessidade de se remodelar o Ensino Médico e a Residência para que a crise entre a formação de recursos humanos e a prestação de serviços alcance limites insustentáveis. (AU)