A inserção dos egressos dos programas de residência médica financiados pelo governo do estado de São Paulo no mercado de trabalho

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Introdução:

Nos últimos anos, a quantidade de bolsas financiadas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) atingiu o número de 4.550, o que, segundo dados da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), representam 26% do total de bolsas do país e cerca de 70% das bolsas do Estado de São Paulo. Tal volume de bolsas implica num investimento aproximado de setenta e seis milhões de reais por ano, o que torna a SES/SP o maior financiador de Programas de Residência Médica (PRM´s) do país. Tendo por papel a implantação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a SES/SP considera de alta relevância o conhecimento da trajetória dos médicos egressos de seus PRM´s, no sentido de mensurar sua atuação na formação de especialistas e generalistas para o mercado de trabalho e, especificamente, para o setor público, considerando, sobretudo, a questão da equidade.

Objetivo geral:

Fornecer informações que auxiliem no processo de formulação das Políticas de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Conhecer e analisar a inserção profissional dos médicos egressos dos PRM´s financiados pela SES/SP no mercado de trabalho.

Objetivos específicos:

Conhecer o perfil dos egressos, segundo faixa etária, gênero, tempo de formado, local de moradia e trabalho atuais; Coletar dados sobre a formação e exercício profissional, identificando a proporção de tempo em que os egressos atuam em sua especialidade de formação; Coletar informações sobre as diversas modalidades de vínculo de trabalho dos especialistas egressos da RM, buscando identificar a existência e o grau de precarização e, também, conhecer as características das instituições em que estes estão trabalhando.

Resultados:

Após o envio da carta de apresentação e decorridos cerca de dois meses e meio, foi enviada uma segunda carta para os médicos que ainda não haviam respondido o questionário eletronicamente. Entre o envio da primeira e da segunda carta, e passados aproximadamente quatro meses do início do campo da pesquisa, foram obtidas 1.627 respostas.

Conclusão:

De maneira geral, o cenário aponta para uma importante fixação na especialidade cursada, com um número importante de médicos que não atendem ou atendem menos da metade de pacientes do SUS, que possuem mais de dois empregos e apresentam mais da metade dos vínculos empregatícios concentrados em relações informais de trabalho. O campo desta pesquisa continua em operação, no intuito de atingir a totalidade da amostra, para que assim, possamos replicar tais análises para cada especialidade médica. (AU)